21 de nov. de 2009

REFÉM DE UMA EMBOSCADA MIDÍATICA


Penso que o público leitor deste semanário goste de matérias inteligentes, com pitadas de humor ácido, mas sem perder a qualidade e a essência do que é fazer um bom jornalismo.

Em momento algum tive a intenção de comparar-me com uma imagem de cunho religioso, nem a pretensão de entrar numa guerra contra a Igreja Católica ou qualquer seita ou religião. O que não serve para mim pode muito bem ser útil ao outro.

Ao encerrar a entrevista, ficou acordado que o moço do gravador me enviaria o texto, antecipadamente, para que eu o aprovasse, para que fosse publicizada fidedignamente a essência do meu trabalho, visto que era um espaço para, unicamente, divulgá-lo. Jamais, portanto, caberia falar sobre minha vida íntima, envolvendo mais pessoas, pois este namorado citado na entrevista é meu ex-marido, pai dos meus filhos, pessoas a quem devo respeito e primo pela preservação da privacidade de cada um.

Evidentemente, essas pessoas têm vida pública e pessoal e estarão diretamente expostas, indevidamente, da mesma forma que estou sendo. Não autorizei minha biografia, não fazia parte do combinado entre as partes acordantes, pois se houve uma negociação financeira para esta matéria, foi feita entre elas, para mim foi como um presente e uma oportunidade de abrir portas profissionais na cidade de Búzios, oportunidade esta proposta pela própria diretora comercial.

O que recebi de forma não intencional, foi um legítimo presente de grego... Um cavalo de Tróia, instalado para devastar meu caminho profissional e em efeito dominó, efeito cascata, como preferirem, à minha caminhada mágica, trajetória espiritual, explorando minha vida privada sem escrúpulo algum.

Para quem não recorda a história sobre A Guerra de Tróia, vale lembrar que Ulisses tramou ardilosamente a construção de um cavalo gigante de madeira para ofertar como um presente grego aos troianos, dando assim à vitória a Grécia sobre Tróia, devastando-a por questões políticas e sociais e não para lavar a honra de Menelau, traído pelo envolvimento amoroso entre sua esposa Helena e Páris - filho de Príamo, rei de Tróia - como se fez supor Agamêmnon.

Confiança, respeito, liberdade de expressão, verdades que foram adulteradas. Realmente são tantos atentados contra tudo que considero sagrado, que se acreditasse no capeta diria que foi coisa dele. Porém, foi responsabilidade única de um profissional imaturo, insensível e desqualificado para a função que exercia.

Vi-me refém de uma emboscada midiática, tal como a Preta Gil e outras personalidades que por um momento de descontração tornaram-se alvos fáceis na mira da maldade publicitária mal propagada pelos maiores veículos de comunicação de massa. Peço licença a Preta Gil, mas achei pertinente citá-la, pois entendo perfeitamente o que aconteceu algumas vezes contigo. E que minhas palavras sirvam como forma de protesto.

Depois da crise inicial, onde todas as emoções se misturaram, a preocupação maior foi em relação aos clubes citados e à igreja. E mais perplexa fiquei foi quando ao comentar com as pessoas mais próximas eu ouvi, reze para ninguém ler, ou não dar atenção ao conteúdo.

Gente, que coisa bizarra! Eu ter que rezar por isso, era só o que me faltava. Sinto muito, mas não dá pra gastar vela com mau defunto. Seria uma afronta redobrada eu mentalizar mais ou menos assim: Tomara que ninguém leia, tomara que ninguém leia, tomara que ninguém leia... São Longuinho, São Longuinho, some com o jornal do vizinho que eu te dou três pulinhos. R-I-D-Í-C-U-L-A CENA, P-A-T-É-T-I-C-A IDEIA!!! Ah, muita loucura para poucos neurônios.

Meu sistema límbico, o que querem fazer contigo?? Sim, já nem pergunto para o meu coração, porque ele está blindado contra chumbo grosso. Meu eu pisciano querendo escrever sobre o amor e Mercúrio em Quadratura com Urano Natal a mudar o rumo da poesia para essa prosa, ainda bem que as reticências me acompanham em todas as estações, em todas as intenções, independente das perturbações.